Preço dos cigarros faz
inflação oficial ter maior alta em um ano
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial,
subiu 0,64% em abril, após alta de 0,21% em março, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se da
maior elevação mensal desde abril do ano passado, quando foi de 0,77%.
No
acumulado de 12 meses até abril, o IPCA avançou 5,10% no mês passado, mostrando
queda ante os 5,24% de março.
O
principal destaque da alta no mês foram os cigarros, cujos preços subiram
15,04% diante do reajuste médio de 25% em vigor a partir de 6 de abril. Em
seguida, a alta com os salários dos empregados domésticos subiram de 1,38% em
março para 1,86% em abril.
Os
remédios, cujos preços subiram 1,58% em abril após 0,02% em março, também
tiveram forte influência sobre o índice tendo em vista reajuste vigente desde
31 de março. Foram os principais responsáveis pelo resultado de 0,96% no grupo
saúde e cuidados pessoais.
Desta
forma, juntando-se os remédios (0,05 ponto percentual) com os empregados
domésticos (0,07 ponto) mais os cigarros (0,12 ponto), a soma dos impactos
resulta em 0,24 ponto, o que significa que estes três itens foram responsáveis
por 38% do IPCA de abril.
Mas, além destes, outros gastos influenciaram o índice do mês. É o caso dos
artigos de vestuário, que, com a entrada da nova coleção no mercado, aumentaram
0,98% ao passo que, em março, haviam apresentado queda de 0,61%.
(Com
informações da Reuters)
Preço dos cigarros
Um maço de Hollywood custa em média R$ 3,00
Um maço do Free custa em média R$ 5,00.
Um maço do Free custa em média R$ 5,00.
Uma pessoa que fuma
em média um maço de cigarros Free vai gastar R$150,00 por mês em cigarros e
cerca de R$
1.800,00 por ano.
Só em IPI esse
fumante paga para o governo anualmente. R$
432,00.
Sem incluir o PIS,
CONFINS e ICMS.
Enfim, cigarros é uma
das maiores fontes de impostos para o governo.
O Brasil tem cerca de
30 milhões de fumantes. Só de IPI o governo arrecada anualmente em média quase
!3 bilhões de Reais só em IPI.
O que não temos são os números exatos do custo desse
exército de futuros doentes para os cofres do governo. Mas pode acreditar que
ultrapassa o que arrecada em impostos com a venda desse veneno.
Brasil é exemplo
“O
Brasil é um exemplo para o mundo no combate ao tabagismo. Medidas regulatórias,
como a proibição da propaganda de tabaco e advertências nos maços de cigarro,
são muito efetivas e explicam esta importante redução no consumo do cigarro no
Brasil”, afirma Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças
Não Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde.
O
tabagismo, assim quanto o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. são
indicadores importantes no monitoramento dos fatores de risco para doenças
crônicas não transmissíveis – como hipertensão arterial, diabetes e câncer. Em
2010, a Organização das Nações Unidas recomendou que os países-membros incluam
essas doenças entre os temas que serão discutidos em sua Assembleia Geral,
prevista para setembro de 2011, em Nova York.
Ranking dos Fumantes
De acordo com o estudo da OMS, o
consumo de tabaco matou 100 milhões de pessoas no século 20 e oito milhões
morrerão por ano até 2030 se nenhuma medida for tomada.
1 – China
2 – Índia
3 – Indonesia
4 – Rússia
5 – EUA
6 – Japão
7 – Brasil
8 – Bangladesh
9 – Alemanha
10 – Turquia
2 – Índia
3 – Indonesia
4 – Rússia
5 – EUA
6 – Japão
7 – Brasil
8 – Bangladesh
9 – Alemanha
10 – Turquia
No século XX o cigarro matou praticamente o
mesmo número de pessoas que morreram em todas as guerras travadas nesse século,
incluindo as duas guerras mundiais.
Câncer nos Pulmões
Entre
os pacientes diagnosticados com câncer
de pulmão, 90% apontam o cigarro como um dos fatores relacionados à doença. No
entanto, 83% acreditavam que não iriam desenvolvê-la, mesmo fumando.
Os
dados aparecem na pesquisa “Câncer de Pulmão: a visão dos pacientes”, realizada
pelo Instituto Ipsos e patrocinado pela empresa farmacêutica Pfizer. Foram
entrevistados 201 pacientes, de seis diferentes capitais do País.
No
dia 31 de maio, organizações por todo o mundo promovem o “Dia Mundial sem
Tabaco”, iniciativa que visa a esclarecer os malefícios que este hábito traz à
vida dos fumantes ativos e passivos.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,2 bilhões de pessoas (sendo 200
milhões de mulheres), sejam fumantes, isto é, aproximadamente 47% de toda a
população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Resultado disso
é a quantidade de mortes causadas devido ao uso do tabaco: 4,9 milhões por ano.
A
previsão é que se os números forem mantidos e o consumo se expanda, em 2030 os
números de mortes aumentarão para 10 milhões anuais, sendo metade delas de
indivíduos entre 35 e 69 anos.
Segundo
Antonio Pedro Mirra, Coordenador da Comissão de Combate ao Tabagismo da
Associação Médica Brasileira (AMB), mudanças como a lei anti-fumo, restrições à
propaganda de cigarro, entre outras iniciativas que pretendem acabar com a
falsa realidade de “glamour” que envolvem o cigarro, estão surtindo um efeito
positivo. “Houve um decréscimo no número de fumantes nos últimos anos. No
Brasil, em 1989, 34,8% das pessoas eram fumantes. Com todas as ações
desenvolvidas contra o tabagismo, esse número caiu para 15,2% da população em
2009. A redução em dez anos foi de 56,3%”, esclarece Mirra.
No
Brasil são realizadas algumas ações para conscientizar a população sobre os
malefícios do tabaco, como a proibição do consumo de produtos derivados do
tabaco em locais coletivos; restrição de publicidade, promoção e patrocínio de
marcas e eventos; inclusão de imagens de advertências nas embalagens; apoio e
tratamento aos fumantes que desejam largar o vício. Além disso, produtos
derivados de tabaco são taxados de forma diferenciada e a venda para menores de
idade é proibida.
“A
adoção de todas as medidas implementadas pela Convenção Quadro para o Controle
do Tabaco permitirá que haja uma redução no número de mortes em cerca de 200
mil/ano no Brasil e um decréscimo de 1% ao ano no número de fumantes no mundo”,
explica Mirra.
Por: Claudio Campacci
Fontes:Jornal da Tarde, Uol e Receita Federal