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quinta-feira, 31 de maio de 2012


Preço dos cigarros faz inflação oficial ter maior alta em um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu 0,64% em abril, após alta de 0,21% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se da maior elevação mensal desde abril do ano passado, quando foi de 0,77%. 
No acumulado de 12 meses até abril, o IPCA avançou 5,10% no mês passado, mostrando queda ante os 5,24% de março.
O principal destaque da alta no mês foram os cigarros, cujos preços subiram 15,04% diante do reajuste médio de 25% em vigor a partir de 6 de abril. Em seguida, a alta com os salários dos empregados domésticos subiram de 1,38% em março para 1,86% em abril.
Os remédios, cujos preços subiram 1,58% em abril após 0,02% em março, também tiveram forte influência sobre o índice tendo em vista reajuste vigente desde 31 de março. Foram os principais responsáveis pelo resultado de 0,96% no grupo saúde e cuidados pessoais.
Desta forma, juntando-se os remédios (0,05 ponto percentual) com os empregados domésticos (0,07 ponto) mais os cigarros (0,12 ponto), a soma dos impactos resulta em 0,24 ponto, o que significa que estes três itens foram responsáveis por 38% do IPCA de abril.

Mas, além destes, outros gastos influenciaram o índice do mês. É o caso dos artigos de vestuário, que, com a entrada da nova coleção no mercado, aumentaram 0,98% ao passo que, em março, haviam apresentado queda de 0,61%.

(Com informações da Reuters)

Preço dos cigarros
Um maço de Hollywood custa em média R$ 3,00
Um maço do Free custa em média R$ 5,00.
Uma pessoa que fuma em média um maço de cigarros Free vai gastar R$150,00 por mês em cigarros e cerca de R$ 1.800,00 por ano.
Só em IPI esse fumante paga para o governo anualmente. R$ 432,00.
Sem incluir o PIS, CONFINS e ICMS.
Enfim, cigarros é uma das maiores fontes de impostos para o governo.
O Brasil tem cerca de 30 milhões de fumantes. Só de IPI o governo arrecada anualmente em média quase !3 bilhões de Reais só em IPI.

O que não temos  são os números exatos do custo desse exército de futuros doentes para os cofres do governo. Mas pode acreditar que ultrapassa o que arrecada em impostos com a venda desse veneno.

Brasil é exemplo

“O Brasil é um exemplo para o mundo no combate ao tabagismo. Medidas regulatórias, como a proibição da propaganda de tabaco e advertências nos maços de cigarro, são muito efetivas e explicam esta importante redução no consumo do cigarro no Brasil”, afirma Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O tabagismo, assim quanto o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. são indicadores importantes no monitoramento dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis – como hipertensão arterial, diabetes e câncer. Em 2010, a Organização das Nações Unidas recomendou que os países-membros incluam essas doenças entre os temas que serão discutidos em sua Assembleia Geral, prevista para setembro de 2011, em Nova York.


Ranking dos Fumantes
De acordo com o estudo da OMS, o consumo de tabaco matou 100 milhões de pessoas no século 20 e oito milhões morrerão por ano até 2030 se nenhuma medida for tomada.
1 – China
2 – Índia
3 – Indonesia
4 – Rússia
5 – EUA
6 – Japão
7 – Brasil
8 – Bangladesh
9 – Alemanha
10 – Turquia

No século XX o cigarro matou praticamente o mesmo número de pessoas que morreram em todas as guerras travadas nesse século, incluindo as duas guerras mundiais.

Câncer nos Pulmões


Entre os pacientes diagnosticados com câncer de pulmão, 90% apontam o cigarro como um dos fatores relacionados à doença. No entanto, 83% acreditavam que não iriam desenvolvê-la, mesmo fumando.
Os dados aparecem na pesquisa “Câncer de Pulmão: a visão dos pacientes”, realizada pelo Instituto Ipsos e patrocinado pela empresa farmacêutica Pfizer. Foram entrevistados 201 pacientes, de seis diferentes capitais do País.

No dia 31 de maio, organizações por todo o mundo promovem o “Dia Mundial sem Tabaco”, iniciativa que visa a esclarecer os malefícios que este hábito traz à vida dos fumantes ativos e passivos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,2 bilhões de pessoas (sendo 200 milhões de mulheres), sejam fumantes, isto é, aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Resultado disso é a quantidade de mortes causadas devido ao uso do tabaco: 4,9 milhões por ano.
A previsão é que se os números forem mantidos e o consumo se expanda, em 2030 os números de mortes aumentarão para 10 milhões anuais, sendo metade delas de indivíduos entre 35 e 69 anos.
Segundo Antonio Pedro Mirra, Coordenador da Comissão de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira (AMB), mudanças como a lei anti-fumo, restrições à propaganda de cigarro, entre outras iniciativas que pretendem acabar com a falsa realidade de “glamour” que envolvem o cigarro, estão surtindo um efeito positivo. “Houve um decréscimo no número de fumantes nos últimos anos. No Brasil, em 1989, 34,8% das pessoas eram fumantes. Com todas as ações desenvolvidas contra o tabagismo, esse número caiu para 15,2% da população em 2009. A redução em dez anos foi de 56,3%”, esclarece Mirra.
No Brasil são realizadas algumas ações para conscientizar a população sobre os malefícios do tabaco, como a proibição do consumo de produtos derivados do tabaco em locais coletivos; restrição de publicidade, promoção e patrocínio de marcas e eventos; inclusão de imagens de advertências nas embalagens; apoio e tratamento aos fumantes que desejam largar o vício. Além disso, produtos derivados de tabaco são taxados de forma diferenciada e a venda para menores de idade é proibida.
“A adoção de todas as medidas implementadas pela Convenção Quadro para o Controle do Tabaco permitirá que haja uma redução no número de mortes em cerca de 200 mil/ano no Brasil e um decréscimo de 1% ao ano no número de fumantes no mundo”, explica Mirra.

Por: Claudio Campacci

Fontes:Jornal da Tarde, Uol e Receita Federal 

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