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quarta-feira, 18 de julho de 2012


Estudante sul-africano cria “banho sem água”


Inspirado por um colega que tinha preguiça de tomar banho, o estudante sul-africano Ludwick Marishane inventou um gel chamado Dry Bath (banho seco). Aplicada na pele, a substância tem efeito similar ao da água e sabão.
Por causa da invenção, ele venceu o prêmio Estudante Empreendedor Global 2011 (foto). A criação de Marishane pode ajudar muitas comunidades no interior da África, onde o abastecimento de água ainda é bastante precário e com isso, a higiene fica prejudicada.
Para ajudar o colega que não gosta de tomar banho, Marishane pesquisou  seis meses na Internet até descobrir a fórmula ideal do Dry Bath. O produto não tem o cheiro de álcool dos géis higiênicos comuns e cria uma película hidratante inodora.
Eis uma chance de se ganhar muito dinheiro. Lugares onde o frio é muito rigoroso e ato de banhar-se é um grande desafio, esse produto pode ter um mercado imenso.- Claudio Campacci.
Fonte: Estadão

segunda-feira, 16 de julho de 2012


"The New York Times" passou em revista 80 mil documentos interceptados

Agência norte-americana do medicamento esteve por anos espionando seus cientistas

16.07.2012 - 15:04 Por Ana Gerschenfeld

Desde 2009, a FDA (Food and Drug Administration), a agência federal norte-americana responsável pela homologação de novos medicamentos e equipamentos de uso médico, teve acesso, através de umsoftware espião, aos emails de um grupo de cientistas que suspeitava de estarem a colaborar para a difamar, noticiou o diárioThe New York Times.

Na realidade, os cinco cientistas em causa (dos quais apenas dois não perderam o seu emprego na FDA) acusavam o seu empregador de não ter revelado os riscos para a saúde humana, devido ao excesso de radiação, de aparelhos de mamografia a colonoscopia. Entretanto, esses riscos foram considerados suficientemente preocupantes para terem, também segundo o NYT, motivado recentemente um inquérito das autoridades competentes.

Alegadamente com o objectivo de proteger os segredos industriais dos fabricantes dos equipamentos em causa (um deles é a General Electric), a FDA montou um programa de vigilância do grupo de cientistas e acabou por elaborar uma lista de 21 “inimigos”, que incluía não apenas esses seus funcionários, mas também jornalistas, congressistas e cientistas exteriores com quem os “dissidentes” correspondiam por email.

Washington Post já revelara a existência desta operação de vigilância no início do ano, mas só agora o NYT desmascarou o seu alcance real. "O programa da FDA”, escrevem Eric Lichtblau e Scott Shane, na edição online do diário nova-iorquino, num artigo datado de sábado , “poderá ter pisado o risco da legalidade”. A FDA analisou de facto informações comunicadas pelos cientistas a terceiros que são consideradas confidenciais ao abrigo das leis dos EUA – tais como, justamente, as queixas apresentadas por cidadãos sobre os seus empregadores. 

O mais irónico desta história é que os cerca de 80 mil documentos a que os jornalistas doNYT tiveram acesso – e que puderam analisar em profundidade – foram publicados online, num site de acesso público e aparentemente por engano, por uma empresa subcontratada pela FDA. Mais: a publicação dos documentos foi descoberta por acaso, por um dos cientistas da FDA que foram alvo da espionagem, ao fazer uma pesquisa do seu nome no Google.

software espião utilizado pela FDA é comercializado pela norte-americana SpectorSoft e, por menos de 2500 euros, é possível as empresas clientes instalarem-no subrepticiamente em 25 computadores em simultâneo. O software consegue detectar as sequências de teclas premidas pelos utilizadores desses computadores, bem como fazer cópias dos documentos gravados no disco rígido ou em discos externos – e ainda interceptar os seus emails e enviar alertas às chefias quando palavras-chave consideradas "quentes" são detectadas. A FDA instalara-o nos laptops que os cientistas utilizavam não apenas no local de trabalho, mas também em casa.



sexta-feira, 13 de julho de 2012


Débito de sono
   Um problema crescente?


MILHÕES de pessoas hoje estão seriamente “endividadas”. Essa dívida pode ser um dos principais responsáveis por tanta gente destruir o carro em acidentes, prejudicar sua carreira e até arruinar o casamento. Afeta também a saúde e a expectativa de vida. É um déficit que enfraquece o sistema imunológico, deixando a pessoa suscetível a várias infecções. Diversos problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas e obesidade mórbida, entre outros, têm sido relacionados a esse débito. Mesmo assim, a maioria de suas vítimas o ignora.

Estamos falando do débito de sono, que se desenvolve quando a pessoa não tem um sono de qualidade o tempo suficiente para levar uma vida saudável. A privação do sono pode ser voluntária, devido ao estilo de vida da pessoa, ou involuntária, em razão de uma doença.

Pesquisadores médicos calculam que a população da Terra atualmente dorme em média uma hora a menos que o necessário por noite. Embora individualmente talvez pareça pouco, o débito conjunto de seis bilhões de horas por noite tornou-se a prioridade nas pesquisas tanto sobre as diversas doenças relacionadas ao sono como sobre seu impacto na qualidade de vida dos afetados.

No passado, a classe médica encarava a incapacidade crônica de dormir como um distúrbio único, normalmente chamado de insônia. No entanto, uma comissão criada pelo congresso norte-americano identificou 17 distúrbios do sono. De qualquer modo, a insônia tem tantas causas que muitas vezes é considerada um sintoma de outros problemas, assim como a febre é indício de algum tipo de infecção.
Mesmo a privação ocasional do sono pode ser desastrosa. Considere o caso de Tom. Embora fosse motorista experiente, tombou sua carreta-tanque num barranco, derramando 400 litros de ácido sulfúrico numa via expressa de grande circulação. Tom admite: “Peguei no sono.” Estudos sobre os acidentes ocorridos em duas rodovias dos EUA revelaram que motoristas sonolentos causaram cerca de 50% das colisões fatais.

Considere também os riscos de trabalhar com um colega sonolento. A pesquisadora australiana Ann Williamson diz: “Depois de 17 a 19 horas sem dormir, o desempenho [dos participantes] em alguns testes era equivalente ao de pessoas com [uma taxa de álcool no sangue de] 0,05%, ou mais.” Em outras palavras, eles se saíram como se estivessem no limite legal de álcool permitido na corrente sanguínea em alguns países, ou além do limite! Com centenas de milhares de acidentes de trânsito e de trabalho provocados pelo sono em todo o mundo anualmente, as perdas na produção e o sofrimento das famílias são enormes.

Que fatores talvez contribuam para o débito de sono? Um é o fenômeno que tem sido chamado de regime 24/7, segundo o qual as empresas operam 24 horas por dia, sete dias por semana. O jornal USA Today descreve-o como “uma reviravolta cultural que está mudando a maneira como vivemos”, observando que “uma nova onda de lojas e serviços 24 horas está tendo lucros funcionando sem parar”. Em muitos países as pessoas assistem a programas de TV noite adentro e acessam a internet, quando deveriam estar dormindo. Outro fator envolvido são os distúrbios emocionais, muitos deles relacionados a ansiedades agravadas pelo estresse e pelo estilo de vida. Finalmente, há diversas doenças físicas que podem contribuir para o débito de sono.

Muitos médicos reconhecem que é difícil fazer seus pacientes levar a sério o débito de sono. Um médico lamentou que a fadiga crônica seja até mesmo considerada “um símbolo de status” por algumas pessoas. E visto que seu estado de saúde piora bem lentamente, as vítimas da privação de sono talvez não percebam que sofrem de um grave distúrbio. Muitos racionalizam assim: ‘só estou ficando velho’; ‘não consigo resolver meus problemas e isso acaba comigo’; ‘estou sempre cansado porque nunca consigo descansar o suficiente’.

Acabar com o débito de sono é um desafio complexo. Mas se a pessoa entender como funciona o ciclo de um sono saudável e aprender a identificar os sinais de débito de sono, talvez consiga a motivação para fazer as mudanças necessárias. Reconhecer os sintomas de um distúrbio grave do sono pode salvar vidas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Encontrados vestígios de álcool na composição da Coca-Cola e da Pepsi

Por Catarina Falcão, publicado em 5 Jul 2012 - 12:45 | Actualizado há 4 horas 50 minutos
Marcas comercializam na Europa colas com o E150d, edulcorante proibido nos EUA por questões de saúde

A revista francesa “60 Millions de Consommateurs” analisou 19 marcas de
refrigerantes de cola e descobriu a existência de álcool na Coca-Cola e na Pepsi.
Mas esta não foi a única descoberta. Além de vestígios de canela, noz-moscada e
citrinos, que podem causar alergias a muitas pessoas, a análise, processada pelo
Instituto Nacional de Consumo em Paris, detectou ácido fosfórico e edulcorante
E150d (caramelo de sulfito amónico).
Apesar de a quantidade de álcool encontrada ser diminuta – menos de 10 mg
de etanol por litro –, pode causar problemas em alguns consumidores habituais,
como crianças, adolescentes, condutores que consomem a bebida por conter cafeína
e ainda praticantes de religiões que proíbem o álcool. As duas bebidas já reafirmaram
que os seus refrigerantes contêm originalmente álcool na sua composição e os vestígios
encontrados podem advir da fermentação de fruta natural das suas receitas.
Já o E150d, que vem anunciado nas latas e nas garrafas, foi banido da fórmula dos
refrigerantes comercializados nos Estados Unidos, por ser considerado perigoso
para a saúde, mas continua a integrar as bebidas vendidas na Europa.
Em Portugal, este aditivo já foi classificado pela DECO como duvidoso e susceptível
de provocar reacções alérgicas ou hipersensibilidade.
Michel Pepin, director da Coca-Cola em França, defendeu já que a marca está
corretamente classificada como refrigerante e até está autorizada a ser consumida
por muçulmanos pelo Comité da Mesquita de Paris. De acordo com a “60 Millions de
Consommateurs”, em França, por ano, são consumidos 4 mil milhões de litros de
refrigerantes, apesar de algumas das receitas não serem conhecidas.
O SEGREDO É A ALMA DO NEGÓCIO A Coca-Cola mantém a sua fórmula
secreta, embora circulem na internet possíveis receitas. Esta fórmula é tão cobiçada
que já serviu de garantia a Ernest Woodruff e a um grupo de investidores que compraram
a empresa em 1919. Woodruff entregou a receita ao Guaranty Bank, em Nova Iorque,
como colateral, até conseguir pagar o empréstimo contraído junto desse banco. A receita
permaneceu num cofre até 1925, ano em que o empréstimo foi pago.
Foi a única vez que a receita foi escrita em papel, já que John S. Pemberton, o inventor
da Coca-Cola, nunca o quis fazer. O papel com a receita foi então transferido para outro
cofre, no Trust Company Bank, em Atlanta, e retirado de lá apenas em 2009, quando a
Coca-Cola criou um cofre de alta tecnologia no seu museu, para guardar a fórmula secreta.